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  • Foto do escritorHenrique Girardi

Os radicais e a falta de diálogo

Atualizado: 10 de jun. de 2020

Já faz alguns anos que tenho dito que o Brasil é um país extremista. Antes mesmo das últimas eleições. E desde lá a coisa piorou! A radicalização política se acirrou ainda mais. No início da campanha já estava claro que a polarização Bolsonaro x Lula iria beneficiar os dois, deixando de lado os demais candidatos. Não deu outra. Quando olhamos para os extremos, esquecemos do restante, e fica mais difícil de estabelecer conexões e achar soluções mediadoras.


A radicalização da política brasileira gera uma dificuldade muito grande na busca de soluções e caminhos de desenvolvimento mais justo, equilibrando interesses. Um quer impor a sua vontade ao outro. A radicalização, a violência, e o discurso de ódio, fecham as possibilidades de diálogo.

Além de reconhecermos a importância do diálogo, é fundamental pensarmos em como pode ser melhor conduzido e estimulado. Sem diálogo, o futuro pode ser ainda pior. Ao trazer essa reflexão para o mundo dos negócios, lembro de muitos exemplos de brigas e discussões acirradas entre diretores, acionistas e gerentes. A discussão, quando passa dos limites, gera desgaste e afasta as pessoas. O diálogo, ao contrário, aproxima, busca a negociação, e a flexibilização de posições previamente firmes. O diálogo bem feito, fortalece.


Essa situação também acontece em nossas famílias. Vi recentemente uma briga, onde o tema era racismo. O fato é que nenhuma das partes discordavam que o racismo tem que ser combatido e não pode ser tolerado. Ao discordarem sobre outros aspectos, de como deve ser tratado, as pessoas acabaram brigando, com uma querendo impor a outra a sua opinião, demonstrando quão errada a outra estava. O diálogo não tem como objetivo convencer ninguém. O diálogo deve ocorrer afim de achar soluções e atingir os objetivos propostos. Precisamos de diálogo, de negociação e de liderança nesse momento.






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