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  • Foto do escritorHenrique Girardi

Sucessão na pequena empresa

O fato de um negócio perdurar além do seu próprio criador é certamente uma das grandes questões dos negócios, principalmente, em empresas de pequeno porte. Quando é uma grande corporação, o tema da sucessão está sob outros aspectos e ambiente.


Em empresas de pequeno e médio porte, familiares, entre amigos, ou outra estrutura societária, quando há uma pessoa destacada, uma espécie de ícone, é ainda mais difícil imaginar a sucessão do negócio, e a organização sem a presença do seu fundador. É um dos mitos básicos. Na governança corporativa fala-se do primeiro grande desafio da sucessão. Quando o fundador é sucedido e a empresa vai além do seu criador.


Dois casos de empresas de pequeno porte chamaram minha atenção nas últimas semanas. A primeira (A), é uma empresa familiar, com 40 anos de funcionamento, e presença destacada dos colaboradores da família. A empresa surgiu a partir de Alexandre, que ainda é ativo no negócio e junto com sua esposa, controla e administra o negócio. Atualmente dos 20 funcionários, 7 são da família. Entre os familiares há parentes diretos de Alexandre e de sua esposa. No segundo caso (B), uma empresa jovem, com 5 anos de atuação. É vista hoje por muitos como a imagem de um dos fundadores.


Em ambos os casos, os fundadores possuem uma habilidade técnica poderosa. No primeiro caso (A), a empresa já possui uma história longa. É a cara do fundador. Contudo, é natural, que, aos poucos, até pela idade, o fundador tenha menos tempo dedicado a empresa. A questão é como se dá essa sucessão, seja por filhos, ou outro familiar. Essa decisão passa pela sensibilização e convencimento do fundador, de que a empresa precisa passar por uma sucessão para preservar o negócio e continuar dando resultados. Isso considerando que a ideia é manter o negócio entre a família. Em caso de intenção de venda, pode surgir o paradigma de que a empresa tem pouco valor, sem a presença do fundador. O mesmo ocorre na empresa (B). Muitas pessoas têm esse pensamento. Inclusive quem está do outro lado da mesa.


É natural a necessidade de delegação e sucessão em qualquer organização, seja pelo crescimento, passar do tempo, problemas de saúde, ou outro fator, que acabam por impor que a empresa vá além da participação de seus fundadores. Um negócio é entrega de valor a um público alvo. Tem uma relação comercial. Tem necessidade de mercado. Obviamente que o fundador é importante. Contudo, sim, a organização tem condições de se desenvolver, sem a presença do seu fundador. A não ser que seja uma eu-empresa.


O caminho para vencer esse desafio é contar com um plano de sucessão e transição, que estabeleça essa passagem de bastão. Com isso, aos poucos o negócio vai depender menos da participação do fundador. Nesse período de transição é importante que este líder continue atuando na empresa, especificamente, nas áreas onde agrega mais valor. É comum ver muitos desses fundadores acumulando funções, que podem facilmente ser delegadas. A sucessão passa pela sensibilização e postura daquele que será sucedido.




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